O Litoral Sul carateriza-se pela amenidade de temperaturas ao longo de todo o ano e por invernos amenos com muito reduzida incidência de geadas.
Estas caraterísticas abrem portas à exploração de culturas que dificilmente se desenvolveriam noutro local do país.
Condições edafoclimáticas da região
- Tipos de solos: variável (Calcários, xistosos, argilosos);
- Temperatura média anual: 15,1 – 18 ⁰C;
- Exposição solar: elevada;
- Nº Horas de Frio: < 500 h/ano;
- Rega vs sequeiro: possibilidade de regadio;
- Geadas: baixo a inexistente;
- Precipitação: < 600 mm/ano.
Figura: Abacate (esquerda) e Romã (direita)
Necessidades das culturas
Abacate
- Temperatura média: 20 – 21 ⁰C;
- Precipitação anual: 1 200 – 1 300 mm/ano;
- Geadas: muito sensível;
- Solos: franco-arenosos e bem drenados (pH 5,0 a 6,5).
Romã
- Temperatura média anual: > 700 h (< 7⁰C);
- Precipitação: 500 a 700 mm/anuais (distribuída);
- Geadas: bastante sensível;
- Solos: textura ligeira (pH 5,5 – 7,2).
Análise SWOT – Abacate
Forças:
- Adaptabilidade a diferentes tipos de solo;
- Produção quase interrupta ao longo do ano;
- Proximidade de regiões produtoras espanholas → facilidade de escoamento;
- Elevado valor nutritivo;
- Propriedades benéficas reconhecidas pelo consumidor;
- Preços interessantes pagos à produção;
- Reduzidos problemas sanitários.
Fraquezas:
- Efeito da alternância muito marcado;
- Fraca tolerância a solos calcários e suscetíveis ao encharcamento;
- Elevada sensibilidade a geadas
- Transformação do produto praticamente inexistente em Portugal;
- Fraca organização de produtores;
- Reduzido hábito de consumo.
Oportunidades:
- Reduzida pegada carbónica quando o mercado final é Portugal e resto da Europa;
- Criação de marca portuguesa para valorização do abacate português;
- Aumento da tendência de hábitos de consumo;
- Desenvolvimento de novos produtos alimentares com abacates;
- Aglomeração e organização de produtores;
- Certificações GlobalGAP e MPB.
Ameaças:
- Competição de mercados externos (Espanha);
- Introdução de doenças e pragas em material vegetativo importado.
Análise SWOT – Romã
Forças:
- Adaptabilidade a variado leque de condições edafoclimáticas;
- Proximidade de regiões produtoras espanholas → facilidade de escoamento;
- Propriedades nutricionais interessantes;
- Baixo valor energético;
- Versatilidade de usos;
- Elevada diversidade genética;
- Frutos sem qualidade podem ser aproveitados para sumos;
- Consumo de romã em crescimento.
Fraquezas:
- Baixa rentabilidade dos pomares;
- Reduzido conhecimento sobre a cultura;
- Qualidade da fruta heterogénea → trabalho de seleção.
Oportunidades:
- Longevidade da cultura (até 200 anos);
- Escolha criteriosa de variedades mais produtivas;
- Evolução dos sistemas de produção;
- Certificação GlobalGAP e MPB;
- Balança nacional deficitária em romã;
- Europa grande importador de romã.
Ameaças:
- Competição de mercados externos (Espanha);
- Falta de fileira para a romã.
Qual destas culturas é mais interessante para si?
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