A largada de auxiliares consiste na utilização de organismos predadores, sejam estes insetos ou nemátodos, com uma alimentação que tenha por base o inimigo da cultura.
Com base no objetivo final da largada, esta pode tomar uma de três dimensões:
- Largadas inoculativas;
- Largadas inoculativas sazonais;
- Largadas inundativas.
As largadas inoculativas são realizadas uma vez ao longo do ciclo cultural, tendo como objetivo inserir o auxiliar na exploração agrícola, pressupondo que as gerações provenientes do mesmo sejam capazes de controlar a praga.
Para esta estratégia, devem existir estruturas ecológicas para fixar os auxiliares:
As largadas inoculativas sazonais consistem em largadas periódicas e têm como objetivo realizar o controlo em culturas anuais, não só para controlo imediato, mas também para fomentar o desenvolvimento de populações auxiliares.
Controlo de tripes com Orius laevigatus:
Por fim, as largadas inundativas são realizadas periodicamente, com o objetivo de uma ação imediata sobre as pragas, tendo pouco impacto nas gerações seguintes.
Controlo de afídeos com Chrysoperla carnea:
As largadas têm múltiplas vantagens, nomeadamente:
- Não deixam resíduo;
- Não exigem um intervalo de segurança;
- Podem manter-se na exploração, diminuindo os custos de novos tratamentos;
- Realizam um controlo natural das pragas.
A aplicação pode ser realizada de forma manual, sendo os insetos distribuídos em embalagens com substrato e alimento. Após receção dos produtos, o produtor deverá realizar a distribuição uniformemente pela parcela.
Auxiliares como nemátodos ou vírus auxiliares podem ser aplicados por pulverização ou rega, consoante a espécie e a cultura.
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