Alho Francês e Espargo no Entre Douro e Minho | Portugal por Explorar | AgroB

Alho Francês e Espargo no Entre Douro e Minho

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A região do Entre Douro e Minho caracteriza-se pelo clima temperado mediterrâneo com influência marítima, sendo a região do país onde se regista maior precipitação.

O seu relevo é acidentado onde predominam vales profundos que se estendem numa cadeia montanhosa. A ocorrência de geadas atinge sobretudo as zonas montanhosas, locais com maior acumulação de horas de frio.

 

Condições edafoclimáticas no Entre Douro e Minho

  • Tipos de solo: Maioritariamente graníticos (com presença de aluviões e xistosos);
  • Temperatura média anual: 12,1⁰C a 15⁰C;
  • Exposição solar: Elevada2 000 – 2 800 horas/ano
  • Nº de horas de frio: 400 – 1 500 h/anuais;
  • Rega vs sequeiro: possibilidade de regadio;
  • Geadas: baixo a médio risco;
  • Precipitação: 1 000 a 2 400 mm.

 

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Figura: Alho francês (esquerda) e Espargo (direita)

 

Necessidades das culturas

 

Alho francês

  • Temperatura ótima: 12 – 23ºC;
  • Precipitação: 2290 m3/ha;
  • Geadas: alguma tolerância;
  • Solos: pouco ácidos, húmidos e com boa drenagem.

 

Espargo

  • Temperatura média anual: 12-23ºC;
  • Precipitação: 4 500 m3/ha;
  • Geadas: não aplicável (é colhido antes);
  • Solos: neutros a ácidos e com boa drenagem.

 

Plantação de alho francês

Figura: Alho francês

 

Figura: Plantação de alcachofra

 

Análise SWOT – Alho francês

 

Forças:

  • Permite um uso variável no seu consumo;
  • Cultura conhecida mundialmente;
  • Fácil de produzir, em terra ou substrato;
  • Hortícola de estação fresca;
  • Permite consociações com várias culturas;
  • Rico em vitaminas e minerais;
  • Baixo valor calórico;
  • Melhora o sistema imunitário;
  • Previne diabetes e doenças cardiovasculares.

 

Fraquezas:

  • Requer um solo constantemente húmido;
  • Sensível a fungos em situações de humidade extrema;
  • Tem consociações desfavoráveis com algumas culturas;
  • Atrativo para a mosca-da-cebola e lagarta-do-alho-francês.

 

Oportunidades:

  • Elevado consumo a nível Europeu e Asiático;
  • Potencial de crescimento da produção em Portugal;
  • Possibilidade de cultivo em estufa;
  • Possibilidade de cultivo em sistema hidropónico.

 

Ameaças:

  • Países europeus nos principais produtores mundiais – Bélgica, França, Polónia…
  • Mal pago se não for produtor direto;
  • Pouca capacidade de conservação no pós-colheita.

 

 

Análise SWOT – Espargo

 

Forças:

  • Muito produtiva;
  • Espécie vivaz e perene;
  • A mesma planta pode durar 13 a 15 anos;
  • A mesma variedade pode ser produzida para espargo branco e verde/roxo;
  • Estimula o sistema imunitário;
  • Diurético natural;
  • Rico em vitaminas e minerais.

 

Fraquezas:

  • Exige muita mão-de-obra;
  • Exige uma atenção redobrada às infestantes para evitar competição;
  • Maturação tardia em zonas frias.

 

Oportunidades:

  • Bom preço pago ao produtor;
  • Desenvolvimento do conhecimento técnico da cultura;
  • Cada vez mais presente na gastronomia da Europa;
  • Desenvolvimento da tecnologia orientada à cultura;
  • Possibilidade de transformação para conserva.

 

Ameaças:

  • Elevada competição por parte da Espanha;
  • Exigência de produção homogénea por parte dos mercados;
  • Ainda não existe mercado para o espargo mais pequeno ou fino.

 

 

Qual destas culturas é mais interessante para si?

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