Segundo as previsões do INE para 2023, em Portugal deverá haver um aumento de 25% na produção de azeitona para azeite, em comparação ao ano anterior.
Contudo, os preços praticados não deverão sofrer grandes alterações uma vez que seguem as referências internacionais, as quais deverão permanecer estáveis.
Fontes: Boletim Mensal da Agricultura e Pescas, INE (janeiro, 2024); Casa do Azeite, in expresso.pt (dezembro 2023)
Esta subida da produção deve-se ao aumento da produtividade média nos olivais tradicionais e à entrada em produção de novos olivais intensivos.
Produção de Azeitona em Portugal (2018 – 2023)
Fonte: INE, I.P., Estado das Culturas e Previsão das Colheitas.
*Valores previstos.
Apesar da variação de preços ter-se sentido em vários produtos agrícolas, o azeite a granel lidera com um aumento na ordem dos 91%.
O INE indica que o valor unitário do azeite tem aumentado ao longo dos últimos anos, mas só nos últimos 12 meses verificou-se uma subida superior a 50%.
~ Em novembro de 2020, o valor unitário do azeite era de 2,9 €/kg;
~ No mesmo mês de 2023, este valor passou para 6,5 €/kg.
Esta subida do preço do azeite reflete-se, igualmente, nas receitas alcançadas com as exportações. Apesar da redução do volume exportado face a 2022 (-30,4%), de janeiro a novembro de 2023 as exportações representaram 863,5 milhões de euros. Isto traduz-se num crescimento de 6,1%.
Exportação de Azeite (Valor e Volume) (2019 – 2023)
Fonte: INE, I.P., Estatísticas do Comércio Internacional de Bens
Espanha, Brasil e Itália representam mais de 90% das exportações do azeite português. Em 2023, estes países atingiram:
~ Espanha – 377,6 milhões de euros;
~ Brasil – 327,0 milhões de euros;
~ Itália – 78,9 milhões de euros.
Mercados de Exportação do Azeite Português (2029 – 2023)
Fonte: INE, I.P., Estatísticas do Comércio Internacional de Bens
O saldo da balança comercial (Balança comercial = Exportações – Importações) de azeite atingiu os 405,3 milhões de euros no acumulado de janeiro a novembro de 2023. Isto representa um decréscimo de 7% face ao mesmo período do ano anterior, resultado do aumento mais expressivo das importações (+21,3%) em relação às exportações (+6,1%).
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