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Esca da Vinha

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Ao contrário de maioria das doenças abordadas, a esca é composta não por um, mas sim por um conjunto de fungos onde apenas são conhecidos alguns, como a Phaeomoniella chlamydospora e Phaeoacremonium spp.

 

A esca torna-se o resultado de dois processos necessários no seu desenvolvimento, onde participam os designados “fungos percussores” que abrem caminho aos “fungos da esca”. Estes encontram condições ótimas de desenvolvimento em períodos húmidos e quentes.

 

Os sintomas da esca desenvolvem-se de duas formas.

 

Evolução lenta:

Desenvolvimento de necroses nas folhas que se insurgem para o centro da folha, manchas entre as nervuras amareladas ou avermelhadas, com base na casta, que dão origem a uma só mancha. Estes sintomas surgem primeiro nas folhas e alastram para todo o lançamento.

 

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Evolução apoplética:

Muito mais rápida em comparação à evolução anterior, é capaz de secar totalmente ou parcialmente a videira numa questão de horas ou dias.

 

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A ocorrência de uma evolução apoplética é rara e dá-se essencialmente em parcelas com vegetação abundante com elevadas taxas de transpiração.

Ataques de esca levam à interrupção ou aumento da dificuldade da circulação da seiva, levando a que as folhas e cachos não recebam a quantidade de alimento necessária à sua sobrevivência.

Ao realizar um corte transversal nos braços ou tronco da videira, é possível observar a mancha esbranquiçada no centro, limitada por uma linha necrosada da parte sã.

 

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Os meios de luta desta doença são essencialmente preventivos, devido à inexistência de soluções homologadas no mercado. Desta forma, existem alguns cuidados a ter:

  • Utilizar material são na propagação de vinhas novas;
  • Identificar plantas doentes, podando-as em último;
  • Desinfetar sempre o material de poda entre a sua utilização numa planta doente para uma planta saudável;
  • Realizar a poda em períodos secos, de preferência sem vento;
  • Arrancar e queimar o material infetado longe da parcela;
  • Proteger as feridas resultantes da poda.

 

Conhecia esta doença? Já a identificou na sua vinha?

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