A Filoxera chegou à Europa através de plantas provenientes da América. É um inseto pequeno com 0,3 a 3 mm de comprimento, variando consoante o estágio de desenvolvimento em que se encontra.
Em Portugal, o ciclo biológico deste inseto ocorre a nível radicular. Inicia-se na primavera, com a eclosão dos ovos de inverno depositados por partenogénese (sem fecundação) no inverno anterior, nas raízes das videiras.
Nascem as fêmeas sem asas (ápteras) que se alimentam da seiva da planta. Nesta fase passam por quatro mudas até atingirem o estado adulto.
Ainda sob a forma de ninfa, o inseto pode diferenciar-se num adulto áptero, que através do solo, coloniza as raízes sãs de outras videiras ou, menos comum, uma fêmea com asas (alada) que irá voar e colonizar outras videiras (fêmea galícola).
O modo de alimentação picador-sugador provoca tuberosidades e nódulos nas raízes que prejudicam a circulação da seiva e dos minerais essenciais para a sobrevivência da planta.
Em 1863 surge assim uma grave crise vitícola. A doença tornou-se tão devastadora na Europa que modificou a paisagem, criando mortórios.
Em 1869 foi verificado que as videiras americanas não sofriam danos causados pela filoxera, concluindo que a única solução de contornar esta praga seria o uso de porta-enxertos americanos.
Esta técnica permitiu recuperar não só a produção vitícola como a paisagem que esta constitui sob o nosso território.
Conhecia esta praga?
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