O ciclo do maracujá consiste em floração, frutificação, maturação do fruto e pós-maturação, podendo ser encontradas diferentes fases em simultâneo na mesma planta.
As diversas espécies de maracujá apresentam flores distintas em termos de cor, tamanho e forma.
O Maracujá roxo apresenta-se como a espécie de maior procura nos mercados europeus e com crescente produção em Portugal e Sul da Europa.
As flores do Maracujazeiro são hermafroditas, evidenciando-se a presença simultânea de órgãos reprodutores masculinos (estames) e femininos (ovários) nas flores.
A receptividade da flor ao pólen está diretamente relacionada à posição dos estigmas ao longo do dia.
O processo de abertura das flores ocorre durante um período limitado do dia, servindo vários propósitos biológicos da planta:
- Atrair polinizadores, que tendem a ser mais ativos durante as primeiras horas da manhã;
- Limitar o tempo de abertura para conservar a energia da planta.
Assim, a polinização ocorre apenas quando é mais provável que seja eficiente.
A flor, se não for polinizada nesse curto intervalo, murcha e cai.
Desta forma, a participação ativa de insetos polinizadores, que podem ser obtidos através de práticas apícolas ou mesmo com espécies comerciais como o Bombus Terrestris, torna-se crucial nesse processo.
Não obstante, existe também a opção de realizar a polinização de forma artificial, de modo a aumentar a taxa de sucesso de frutificação e produzir frutos maiores.
Para o efeito, nas horas em que a flor está recetiva, utilizando um pincel ou a ponta dos dedos, retira-se o pólen das anteras de uma e coloca-se no estigma da mesma ou de outra flor (polinização cruzada).
No entanto, esta é uma operação muito demorada e com um custo de mão de obra muito elevado.
Conhecia esta particularidade das flores de Maracujá?
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