A aridez prolongada nos meses de verão, sentida nos últimos anos, tem originando incêndios florestais mais frequentes e com maior intensidade, em países de clima mediterrânico.
Fonte: “”Regresso ao Futuro” – Florestas e Pastoreio para a Prevenção de Incêndios em Clima Mediterrânico”, Jorge Capelo (INIAV/CIBIO, U. Porto)
Deficiências de gestão, mau planeamento florestal e má adaptação às condições demográficas, assim como as expectativas económicas e sociais atuais são, talvez, as maiores responsáveis pelos incêndios na floresta portuguesa.
As paisagens florestais abandonadas evoluíram para florestas densas, com acumulação excessiva de biomassa arbustiva e combustíveis finos – folhadas, carumas, camas de ramos secos – que torna, assim, as florestas muito propícias a arder.
Surge a necessidade de um planeamento da reconversão florestal chamado de “silvicultura próxima da natureza”.
Os modelos de silvicultura deverão dar primazia a 3 aspetos:
- Utilização de espécies de árvores espontâneas que possam garantir sustentabilidade;
- Diversidade do mosaico rural, que ajuda a evitar a propagação de grandes incêndios e permite alternar áreas predominantemente pastoris com manchas florestais mais pequenas;
- Uso multifuncional das paisagens florestais pastoris que permite a produção sustentada de produtos regionais que tenham valores de mercados elevados associados a processos de certificação seguros.
Gostou deste post?
Conte-nos nos comentários!