Segundo a FAO, um terço de todas as frutas e legumes produzidos no mundo são desperdiçados, sendo que metade destes produtos produzidos não chega a ser consumido.
A fruta segue um padrão de estética padronizado em termos de cor, brilho, formato e tamanho. Quando estes requisitos não são cumpridos, a fruta é rejeitada, independentemente da sua qualidade organolética ser excelente.
Segundo dados da UE, cerca de 30% da produção de legumes e frutas não cumpre os requisitos estéticos referidos anteriormente, pelo que são rejeitados pelo consumidor, contribuindo para o desperdício alimentar.
Qual o destino desta fruta “imperfeita”?
Transformação
A indústria da transformação não tem preferências estéticas, apenas organoléticas. Os frutos são transformados em sumos, compotas, molhos, etc. Porém, o preço de compra da fruta é muito reduzido, ficando muitas vezes próximos ou abaixo do custo de produção.
Compostagem
Quando é impossível vender para transformação ou o custo de compra é muito baixo, esta fruta é compostada para ser devolvida ao solo na forma de fertilizante.
Alimentação animal
No caso de explorações com animais, esta fruta pode ser introduzida na alimentação destes.
Mercado para consumidores consciencializados
Há cada vez mais iniciativas e projetos que, consciencializados para esta problemática, compram esta fruta ao produtor a um preço justo e revendem-na na forma de cabazes a consumidores que priorizam a qualidade nutricional à estética.
Figura: Exemplo de cabaz. Fonte: iNews
A quebra dos padrões estéticos impostos aos produtos agrícolas permite a valorização da fruta “menos apelativa”, do trabalho do agricultor e dos recursos usados na produção dos mesmos.
Sabia destas finalidades da fruta menos apelativa?
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