Causada pelo fungo Stemphylium vesicarium, a mancha roxa do espargo é uma doença comum em países produtores deste produto agrícola, na Europa, Estados Unidos da América e Nova Zelândia.
Os primeiros sintomas surgem como pequenas manchas elípticas de bordaduras roxas que, ao crescerem, emergem com as manchas vizinhas, originando pontos necróticos ao longo da planta.
Figura: Mancha roxa no espargo (Fonte: Factsheet 24/12 (Project FV 341), HDC)
Os sintomas progridem de forma ascendente – desde a base até à ponta do espargo e em casos de agravamento da doença, observa-se a desfoliação precoce da planta.
Figura: (Fonte: http://www.omafra.gov.on.ca/english/)
O fungo Stemphylium vesicarium encontra condições ideais ao seu crescimento em períodos de muita humidade, quando as temperaturas rondam os 15–25ºC e quando as folhas se encontram molhadas durante 3 a 24 horas.
A sua entrada na planta dá-se através de pequenas feridas provocadas ao longo da manutenção das plantas ou devido à colisão de pequenas partículas, como areia.
Durante o inverno, o fungo hiberna nos restos da cultura que se encontram afetados, voltando a propagar-se na primavera com o aumento da temperatura.
Figura: Mancha roxa no espargo (Fonte: Factsheet 24/12 (Project FV 341), HDC)
Além de interferirem na produção esperada, a presença da Stemphylium vesicarium leva à desvalorização dos espargos afetados e consequentemente à rejeição por parte do mercado.
Em Portugal, não há produtos químicos homologados para esta doença em espargo, levando a que o combate deva ser realizado à base da prevenção da sua instalação, através de práticas culturais:
- Criação de barreiras para o vento;
- Utilização de variedades menos suscetíveis;
- Trituração e incorporação no solo dos restos vegetais da cultura.
Já viu esta doença nas suas plantações de espargos?
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