Os morcegos existem há cerca de 50 milhões de anos graças às caraterísticas que vieram a desenvolver, nomeadamente a ecolocalização, velocidade de voo, longevidade, resistência aos vírus e dieta.
Ao contrário do que é comum pensar, os morcegos não são cegos. Apenas não dependem tanto da visão como o Homem, tendo a capacidade de se localizar através dos sons e dos ecos resultantes.
Possuem uma alta capacidade de voo, atingindo recordes: o voo autónomo mais veloz da terra -160 Km/hora – pertence a um morcego: Tadarida brasiliensis
A sua longevidade aliada à resistência aos vírus leva a que os morcegos contrariem a esperança média de vida para pequenos mamíferos. Por serem capazes de manter vírus que podem infetar humanos, leva a que seja de evitar o seu distúrbio.
Relativamente à dieta, os morcegos insetívoros podem consumir o seu peso corporal em insetos todas as noites. Estudos realizados nos EUA indicam que são aliados poderosos para os agricultores a nível de controlo de pragas e polinizadores.
Em Portugal, existem cerca de 27 espécies. Alguns dos principais aliados na agricultura são:
- Morcego-rato-grande (1);
- Morcego-rato-pequeno (2);
- Morcego-lanudo (3);
- Morcego-anão (4).
Figura: Morcego-rato-grande | Autor: Ján Svetlík
Figura: Morcego-lanudo | Autor: Karol Fatis
Figura: Morcego-rato-pequeno| Autor: Amirekul
Figura: Morcego-rato-pequeno| Autor: Gilles Martim
Infelizmente, o estigma que os rodeia leva a que a sua presença seja indesejada e, em certos casos, combatida. Das espécies indicadas, uma está vulnerável – Morcego-rato-grande – e outra criticamente em perigo de desaparecer – Morcego-rato-pequeno.
Para contrariar esta tendência, é importante dar a conhecer o papel destes pequenos seres e criar condições à sua instalação na exploração agrícola.
Figura: Estruturas de suporte para morcegos
Figura: Manutenção de estruturas ecológicas na exploração agrícola
Já conhecia o papel dos morcegos na agricultura?
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