O medronheiro é uma planta altamente regenerativa, o que pode dificultar as operações de poda.
Neste sentido, os sistemas de condução devem evoluir no sentido de ir ao encontro do comportamento natural da planta e, simultaneamente, respondam às necessidades do produtor. Apesar de o medronheiro ser uma cultura embrionária no que toca à sua utilização como cultura de produção, já existe algum conhecimento que pode ser aplicado às explorações, de forma a tirar o maior proveito desta cultura.
Sistema de condução em arbusto
O Sistema de condução em arbusto, também conhecido como toiça, é o mais comum no medronheiro por ser o sistema de condução que mais corresponde à sua forma natural.
- Tem início quando a planta atinge cerca de 70cm, devendo ser atarracada aos 5cm de altura;
- Após o surgimento dos lançamentos laterais, o produtor deverá escolher 3 ramos espaçados, com uma abertura de cerca de 45º, para servirem de eixos principais;
- Nos anos seguintes, deverão ser eliminados os ramos nos primeiros 50cm de altura a partir do solo, permitindo que os eixos cresçam até aos 2,5m de altura.
Sistema de condução em vaso
Outro Sistema de condução usado no medronheiro é o de vaso, igualmente comum noutras fruteiras. Prevê a existência de 3 a 4 pernadas principais, oriundas de uma cruz.
- À semelhança do arbusto, tem início com o desenvolvimento do crescimento de uma vara até aos 70cm e respetivo atarraque;
- Posteriormente, cria-se a cruz aos 40-50cm, selecionando 3 a 4 pernadas que serão a base da produção;
- Eliminam-se os ramos abaixo dos 50cm – esta tarefa deverá ser realizada na poda de inverno e de verão, devido à alta capacidade regenerativa do medronheiro.
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