O pulgão lanígero é uma praga recorrente na maioria das regiões produtoras de maçã. Para além de atacar a macieira em praticamente em todos os órgãos, ataca também a pereira, o marmeleiro e a nespereira.
Estes afídeos têm uma aparência distinta dos demais afídeos, caraterizando-se por serem envoltos numa camada de “lã” semelhante a algodão, tornando-se reconhecíveis à distância.
O pulgão lanígero alimenta-se a partir da seiva da planta, contribuindo para o seu enfraquecimento. Caso a picada do afídeo ocorra no ovário das flores, estas abortam. Se, por outro lado, a picada ocorrer no fruto em desenvolvimento, o fruto desenvolve-se atrofiado.
As meladas produzidas pelo pulgão lanígero fomentam o desenvolvimento de fumagina e provocam também tumores que, através das gretas que o constituem, permitem a instalação do cancro europeu da macieira.
Um dos grandes problemas desta praga é a rapidez com que se desenvolve, sendo capaz de constituir até 12 gerações anuais, sendo que cada fêmea pode dar origem a 100 larvas.
As principais medidas preventivas a tomar são:
- Promover o bom arejamento e iluminação da copa (conseguido através da poda);
- Adubações azotadas racionais;
- Tratamentos com óleo de verão no final do inverno de forma a reduzir o inóculo na primavera seguinte;
- Instalação de sebes de abrigo para fomentar o desenvolvimento de insetos auxiliares.
Como meio de combate recomenda-se:
- Fomentar a limitação natural através de vários antagonistas (entre os quais, através da largada do parasitóide Aphelinus mali);
- Utilizar inseticidas homologados para este inseto;
- Utilizar fitofármacos neutros ou pouco tóxicos para os insetos auxiliares;
- Não tratar o terço superior da copa para favorecer o desenvolvimento dos auxiliares.
Conhecia esta praga das pomóideas?
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