A septoriose ou septoria é um fungo causado pela família Septoria spp, que afeta um leque variado de culturas de cereais, hortícolas e frutícolas, como milho, o tomate, maracujá e castanheiro.
Figura: Septoriose em Aipo
Figura: Septoriose em Milho
Figura: Septoriose em Maracujá
Figura: Septoriose em Tomate
Os sintomas desta doença surgem sob forma de manchas cloróticas irregulares ao longo das folhas no sentido ascendente, utilizando a chuva como um agente de transporte entre as folhas da árvore.
Os ataques de septoriose são caraterizados pela queda prematura das pétalas e aborto dos frutos. As manchas evoluem e unem-se cobrindo toda a superfície da folha, retirando qualquer potencial fotossintético da mesma.
Figura: Septoriose em castanheiro num estado evoluído
De forma a propagar-se, o inóculo hiberna na vegetação morta do solo podendo ser arrastado pela ação do vento ou da chuva. Na primavera começa a produzir esporos que serão disseminados pela chuva e pela rega.
Figura: Restos de vegetação como folhas mortas podem ser um local de hibernação para a septoriose
Em Portugal, a septoriose é considerada um inimigo potencial, ou seja, apenas constitui prejuízos graves quando as condições são favoráveis: temperaturas amenas (10-15ºC) e humidades elevadas.
Caso as condições sejam satisfeitas, o desenvolvimento do fungo é muito mais rápido levando a que o ataque de septoriose em castanheiros nalgumas regiões do país fosse atipicamente forte no ano de 2021.
Figura: “Nos produtores que não fizeram tratamento” nas árvores – Fungo septoriose provoca perdas de 80% a produtores de castanha – Lusa em Sáb, 13/11/2021 – 19:02
De forma a mitigar o seu desenvolvimento, aconselha-se a retirada de material vegetal doente da exploração, procurando queimar fora da parcela ou realizar um tratamento à base de cobre, após a queda da folha, orientado às plantas e às folhas caídas no solo.
Já viu esta doença nas suas plantas?
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