Horticultura protegida em portugal | Espaço Visual

Tendências da Horticultura Protegida em Portugal

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A horticultura protegida em estufas e abrigos altos é uma das fileiras agrícolas estratégicas com rápido crescimento em Portugal.

A partir de um estudo apresentado pelo INIAV, I.P., foram apuradas tendências e sugeridas estratégias para o desenvolvimento da fileira, através de um inquérito realizado a 23 empresas do setor.

Fonte: Bruna Matos, J. et al. (2024). horticultura Protegida: Breve Caracterização de uma Amostra de Empresas no Continente Português. Artigo de divulgação. Vida Rural.

Entre 2000 e 2019, verificou-se um crescimento de 39% da área dedicada à produção de hortícolas em estufa e abrigos altos.

A produção está localizada nas principais regiões produtoras do território continental: Entre Douro e Minho, Ribatejo e Oeste, Beira Litoral, Sudoeste Alentejano e Algarve.

Acompanhando a horticultura tradicional costeira, a fileira tira proveito das condições edafoclimáticas favoráveis e da proximidade aos grandes centros de consumo, com exceção do litoral alentejano onde a exportação assume maior relevância.

Localização das 23 empresas inquiridas neste estudo

Adaptado de: Vida Rural

 

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Apesar do tamanho condicionado da amostra, representando apenas 10% da área de Horticultura Protegida e 0,7% do número total de empresas a atuar na fileira, é possível identificar algumas das principais características da produção de hortícolas em ambiente protegido. 

  • As hortícolas lideram a produção em ambiente protegido, seguidas dos pequenos frutos e plantas ornamentais;
  • Ao nível de exportações, 74% das empresas inquiridas exporta de forma variável e 26% dedica-se em exclusivo ao consumo nacional;
  • A maioria recorre a serviços externos, nomeadamente apoio técnico (sobretudo análises de solo, foliares e de água) e a informação meteorológica (em particular para controlo fitossanitário);
  • O recurso à mão de obra estrangeira e temporária continua a ser essencial em certas operações culturais não mecanizadas, como a plantação, poda ou colheita;
  • Na maioria (43%), são utilizados sistemas de cultivo sem solo (em substrato). 35% das empresas inquiridas cultivam exclusivamente no solo e 22% recorrem a ambos os sistemas de cultivo;
  • Quanto aos modos de produção, predomina a Produção Integrada, seguida do Modo Convencional. O Modo de Produção Biológico (MPB) efetua-se em 3% da área cultivada em solo;
  • O método de rega localizada gota a gota é o predominante. O controlo automático da rega é efetuado em pouco mais de metade das empresas, apontando-se a necessidade de ser melhorado e otimizado;
  • Os fertilizantes de síntese química são os mais empregues (65% das empresas). Os compostos de resíduos orgânicos são utilizados em 21% das empresas e 14% usa produtos aprovados para o MPB;
  • A maior parte das empresas inquiridas incorporam os resíduos orgânicos no solo ou fazem a compostagem. A reciclagem dos plásticos empregues é também elevada.

Neste estudo são também identificadas algumas oportunidades de melhoria que iriam permitir uma gestão mais adequada e maior competitividade da fileira. Entre outros, destaca-se a falta de informação sobre:

  • Tecnologias;
  • Produtividades e inputs por área;
  • Tipo de estruturas utilizadas;
  • Resíduos produzidos;
  • Necessidade de formação e assistência técnica.

 

Quais são as maiores fragilidades que sente na fileira?

Conte-nos a sua experiência!