A traça (Galleria mellonella), mais conhecida por Traça da Cera, é uma das pragas mais importantes das colmeias das abelhas, principal causadora de prejuízos aos apicultores.
É um inseto da ordem Leptidoptera, pertencente à família Pyralidae.
A traça da cera tem um ciclo de vida muito rápido, sob condições ideias. As fêmeas depositam os seus ovos com coloração perolada e textura áspera nos favos das colmeias. As larvas, esbranquiçadas, eclodem e inicia-se a fase larvar que compreende sete instares.
A fêmea deposita os ovos, que se desenvolvem até ao estado adulto e alimentam-se da pupa. Os machos e as fêmeas, provenientes dos ovos, acasalam entre si e as fêmeas fecundadas abandonam a célula, agarradas às abelhas adultas.
O modo de alimentação das larvas está associado à construção de galerias de seda que, posteriormente ficam cobertas por partículas fecais.
A colonização das colmeias de Appis mellifera pela traça da cera pode ocorrer tanto por oviposição direta como por migração dos ovos ou lagartas para outras colmeias através, por exemplo, do material em armazém.
Durante a fase larval alimentam-se de cera, pólen e resíduos de cria das abelhas. De uma forma direta não mata as colmeias, mas se a colónia estiver muito fraca pode acabar por a destruir.
Para prevenir o aparecimento desta praga, primeiramente é importante impedir o acesso da traça da cera ao material armazenado em armazém para que não coloque ovos. A cera e os favos armazenados depois da extração do mel também podem ser colonizados pelas traças. Uma grande infestação pode levar ao consumo de toda a cera dos favos e à destruição das galerias.
Os ovos que já estejam postos no material em armazém irão eclodir e originar as larvas. Estas podem ser controladas através de: congelação, Bacillus thuringiensis, enxofre e ácido fórmico.
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