No passado dia 02 de julho decorreu a Visita Técnica da Vinha no Douro. Esta iniciativa abriu o Ciclo de Visitas Técnicas de 2022, sendo a primeira de muitas visitas técnicas promovidas pela AgroB Business School EV em colaboração com diversas empresas e técnicos do setor.
Esta visita técnica teve lugar na Quinta de S. Luiz em Adorigo, Tabuaço, tendo sido acompanhada pelo Engenheiro Márcio Nóbrega e pelo Enólogo Ricardo Macedo, ambos técnicos na quinta há quase duas décadas.
Figura: Quinta de S. Luiz em Adorigo, Tabuaço
O início da Visita foi marcado pelo acolhimento dos Formandos, onde foi possível um primeiro contacto entre Formandos e Formadores, momento em que estes últimos puderam perceber a experiência no setor, quais as expectativas e assuntos de maior interesse de cada um. Ainda no ponto de encontro, foi realizada uma apresentação da Quinta de S. Luiz.
Figuras: Acolhimento aos Formandos
A Visita iniciou-se pelo ponto mais alto da Quinta de S. Luiz, local de onde se iniciou um percurso de regresso ao local de acolhimento. Ao longo deste percurso foi possível passar por diversas parcelas de vinha que compõem a Quinta de S. Luiz, dando oportunidade ao Engenheiro Márcio para abordar diversos tópicos relativos à região, ao agroecossistema da cultura e ao mercado do setor.
Figura: Início da abordagem teórica em campo no ponto mais alto da Quinta de S. Luiz com o Engenheiro Márcio
Ao longo deste percurso foi possível observar diferentes parcelas instaladas em anos distintos, e, deste modo, em diversos sistemas de condução em patamares. Este tópico foi o mote para a explicação sobre a evolução da condução da vinha na região do Douro desde o período pré-filoxérico até aos dias de hoje e qual as vantagens e dificuldades enfrentados ao longo de período e de que forma contribuíram para a paisagem que se conhece hoje. Também foi possível passar por parcelas na fase de instalação, sendo abordadas as operações de preparação do solo à instalação, métodos de instalação da cultura e custos associados.
Figura: Alguns dos diversos pontos de paragem ao longo do percurso relativo à discussão da cultura
No caminho de regresso ao ponto de partida, foi possível aos Formandos visitarem o parque das máquinas. Neste espaço, o Engenheiro Márcio abordou quais as principais alfaias necessárias para uma boa manutenção da cultura em função da dimensão da exploração e do sistema de condução adotado, estimando o investimento estimado em aquisição destes equipamentos e manutenção em função destes parâmetros. Também foram referidas quais as principais dificuldades no que se refere à mecanização e a necessidade de adaptação de muitas alfaiais convencionais de forma a responder à crescente falta de mão de obra que se verifica na região.
Figura: Visita ao parque das máquinas
Terminada a visita ao parque das máquinas e respondidas todas as questões levantadas em função dos assuntos abordados, foi tempo para a pausa de almoço. Já à mesa, foi possível continuar a discussão sobre o setor, partilhar experiências e conviver, sempre acompanhados de bons vinhos produzidos na Quinta de S. Luiz, onde o Enólogo Ricardo Macedo pôde começar a introduzir as temáticas previstas para a parte da tarde.
De regresso à Quinta de S. Luiz, iniciou-se a visita à adega que começou ainda no exterior, com a explicação da logística e procedimentos aquando da receção das uvas.
Figura: Introdução à visita à adega junto ao local de receção das uvas pelo Enólogo Ricardo Macedo
A partir daqui os Formandos foram encaminhados para o interior da adega, onde foram introduzidos às diferentes etapas e equipamentos necessários ao processamento das uvas. O controlo de todo este processo não foi esquecido, tendo havido oportunidade de visitar o laboratório de análises, onde foi explicado de que forma todo o processo é controlado e quais os principais parâmetros a controlar e de que forma se corrige cada um dos fatores necessários para que o processo decorra com sucesso e se consiga obter os vinhos pretendidos. Com o objetivo de conseguir um maior entendimento de como as diferentes castas, processos de vinificação, fermentação e estágios influenciam o vinho, os Formandos tiveram a oportunidade de fazer provas de vinho, onde o Enólogo Ricardo contextualizou o que distinguia cada um dos vinhos provados e o que contribuía para os sabores experienciados a cada prova.
Figura: Visita à adega com explicação do processo de vinificação
Figura: Explicação breve dos parâmetros importantes a monitorizar e corrigir durante a vinificação no laboratório da adega
Figura: Fase final de provas de vinho
Desta forma terminou a Visita Técnica da Vinha no Douro orientada pelos experientes Engenheiro Márcio Nóbrega e o Enólogo Ricardo Macedo, que estrearam o Ciclo de Visitas Técnicas 2022.
Figura: Turma da Visita Técnica da Vinha no Douro e Formadores
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